Haddad diz que plano de compensação da isenção do IR já está pronto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o ministério já desenhou a compensação da isenção do IRPF (Imposto de Renda à Pessoa Física) para quem recebe até R$ 5.000 mensais. 

A fala foi em coletiva de imprensa depois da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na manhã desta 4ª feira (5.fev).

Haddad não quis revelar os detalhes do plano porque, segundo ele, não teria autorização do Planalto. Disse, porém, que os parâmetros estabelecidos em 2024 serão mantidos. O anúncio da forma de compensação deverá ser feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nenhuma renúncia vai ser feita sem compensação. O presidente vai anunciar. Nós terminamos o desenho, só não vou adiantar porque não tenho autorização do Planalto para isso”, disse.

Haddad disse que o projeto começou a tramitar formalmente no Planalto para ser enviada ao Congresso. “Queremos que tramite com a cautela e transparência devida“, afirmou.

A intenção do governo era propor uma compensação por meio da taxação das pessoas que recebem mais de R$ 50.000 mensalmente.

No entanto, Motta tem afirmado que a Câmara não irá votar aumento de impostos sob sua gestão. O republicano venceu a eleição da Mesa Diretora no sábado (1º.fev).

PRIORIDADES

Haddad apresentou a Motta 25 medidas prioritárias para serem aprovadas até 2026. Delas, “15 dependem ainda do Legislativo, 8 medidas já estão tramitando e 7 projetos que serão encaminhados nas próximas semanas”, disse o ministro.

De acordo com o ministro, são “projetos estratégicos”, que vão ter impacto no mercado. “Eu vim [à Câmara] agradecendo o que já foi feito e a repercussão que projetos aprovados já tiveram“, afirmou.

O ministro pediu prioridade para votar os projetos antes da eleição de 2026, quando a população escolherá o próximo presidente da República.

RELAÇÃO COM MOTTA

“Vejo na figura de Hugo Motta uma liderança extraordinária, acompanhei seu mandato até aqui e tenho a satisfação de dizer que a relação entre nós nesses últimos anos não poderia ser melhor”, disse Haddad. 

Motta disse que terá uma relação de lealdade com o governo. “Lealdade não à agenda do governo, mas lealdade ao país, de poder sempre ter muita franqueza para dizer o posicionamento que esta Casa tem sobre determinado tema”, disse.

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