Queda do dólar reduzirá preço da comida no curto prazo, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, avaliou nesta 3ª feira (4.fev.2025) que o preço dos alimentos deve cair com a baixa do dólar. Segundo o ministro, a redução deve acontecer “a curto prazo”, mas evitou falar em data.

“Com a diminuição do dólar que se deu no dia 20 [de janeiro] para cá, o dólar saiu de R$ 6,30, está em R$ 5,80 agora. A bolsa está subindo e isso vai refletir diretamente no preço dos alimentos”, declarou em entrevista ao Poder360.

Assista a um resumo da entrevista de Paulo Teixeira (3min19s):

A moeda norte-americana fechou em R$ 5,77 nesta 3ª feira (4.fev). Trata-se do menor valor registrado desde 19 de novembro de 2024. A cotação da moeda norte-americana registrou uma variação de 0,76%, com máxima de R$ 5,82 e mínima de R$ 5,75.

Segundo o ministro, um grupo de 5 alimentos exportáveis e que são commodities puxaram a alta da inflação. São eles: carnes, açúcar, café, laranja e derivados de soja. Afirmou também que o ciclo do boi (períodos de abates realizados a cada 7 anos) também fez com que os preços subissem.

“Então, com a diminuição do dólar, com o fim do ciclo do boi, com a concentração do crédito agrícola, você vai ter uma diminuição geral do preço de alimentos. É isso que nós estamos trabalhando. Evidentemente outras medidas estão na mesa do presidente da República, ele vai analisá-las daqui para frente”, disse.

A alta foi puxada também por fatores climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul (um dos maiores Estados produtores de arroz), além da doença gripe, que atinge a laranja.

“O governo não forma preços, mas promove estímulos. Então, a diminuição do dólar foi uma forte política governamental ao fim do ciclo do boi. Nós centralizamos o crédito agrícola na cesta básica”, afirmou. Como efeito colateral, Teixeira disse que não há inflação de alimentos in natura.

A este jornal digital, o ministro disse que o governo criou um gabinete de acompanhamento de preços “multissetorial” para monitorar a alta e a queda do dólar. Envolve o Ministério da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

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