Correios têm deficit de R$ 3,2 bi e influenciam resultado das estatais

Os Correios puxam a fila do deficit primário das estatais federais, com saldo negativo de R$ 3,2 bilhões. A Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais) vem em seguida, com deficit de R$ 1,9 bilhão.

As estatais federais registram um deficit primário de R$ 4,04 bilhões em 2024. O resultado diz respeito às empresas que entram na meta fiscal. Os dados foram divulgados nesta 5ª feira (30.jan.2025) pelo Ministério da Gestão e Inovação.

Os valores levam em conta a autorização para excluir do cálculo os investimentos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de R$ 1,9 bilhão, e as contas da ENBPar –com saldo negativo de R$ 463,1 milhões. Sem as exceções que contam com aval da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o deficit iria para R$ 6,3 bilhões.

Os números não incluem empresas do grupo Petrobras e bancos estatais, que estão fora da meta fiscal.

Em nota (íntegra – PDF – 398 kB), o MGI afirma que os “deficits registrados pela maior parte das estatais no cálculo do resultado primário são, em grande parte, decorrentes dos investimentos realizados pelas empresas e não de prejuízos”.

O ministério afirma que os Correios influenciaram e reforça haver uma autorização da LDO para deficit de até R$ 7,3 bilhões das estatais federais em 2024.

“O número difere dos valores divulgados mensalmente pelo Banco Central do Brasil porque, nas contas da instituição, não são excluídos os investimentos do PAC, nem os resultados do grupo ENBPar. Além disso, diferenças metodológicas na coleta e cálculo dos dados podem levar a resultados finais diferentes, mas ambos consistentes”, afirma.

O ministério afirma ainda que o investimento das empresas estatais federais cresceu 44,1% em 2024 ante 2023. Ao todo, atingiram R$ 96,18 bilhões.

A expectativa é de que o Banco Central divulgue na 6ª feira (31.jan) o resultado das estatais federais em 2024.

Copyright

Reprodução/MGI – 30.jan.2025

Dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do MGI, mostram o resultado primário das principais estatais brasileiras. Não inclui o grupo Petrobras por estar excepcionalizado

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