Funcionários do Judiciário pedem reajuste salarial a Barroso

A Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União) publicou na 3ª feira (28.jan.2025) uma carta aberta ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso. A entidade critica o “tratamento desigual e o desrespeito às demandas legítimas” dos trabalhadores “que garantem o funcionamento” da Justiça no Brasil. A federação pede, por exemplo, reajuste salarial. 

Enquanto observamos a magistratura acumulando benefícios e verbas vultosas em sessões administrativas, os(as) servidores(as), que são o alicerce do Judiciário, enfrentam desafios crescentes, como sobrecarga de trabalho e a defasagem de direitos e benefícios essenciais”, lê-se no texto. Eis a íntegra (PDF – 296 kB). 

Segundo a Fenajufe, houve “tentativa de diálogo”, mas que as questões não foram resolvidas. “A falta de respostas efetivas às principais reivindicações da categoria tem causado enorme insatisfação”, disse a federação. 

A entidade pediu melhoria nas remunerações e “redução das desigualdades salariais internas”. A Fenajufe declarou que os reajustes recentes não foram suficientes para repor a inflação acumulada, resultando em perdas reais. 

É necessário corrigir as distorções, promovendo justiça e isonomia nas carreiras do Judiciário”, afirmou. 

A Fenajufe também pede, dentre outras coisas:

  • pagamento do auxílio-saúde nos mesmos moldes do recebido pelos magistrados;
  • indenização de transporte para oficiais de Justiça; 
  • implementação do adicional de qualificação; 
  • garantia de férias não usufruídas depois de 2 anos; 
  • regulamentação e ampliação do trabalho remoto; 
  • registro efetivo das horas extras; 
  • incorporação de gratificações às aposentadorias.

O Judiciário é constituído e construído não apenas pela magistratura, mas por mais de 120 mil servidores(as), cuja atuação é indispensável”, disse a Fenajufe. 

A federação afirmou reconhecer os esforços de Barroso em resolver a questão. “Mas ressaltamos que tais ações precisam ser acompanhadas de respostas concretas e efetivas às demandas apresentadas”, afirmou.

A Fenajufe não descarta uma greve caso as reivindicações não sejam atendidas.

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