Sob Lula, arrecadação bate recorde em 2024 e atinge R$ 2,71 trilhões

A arrecadação federal bateu recorde em 2024. Somou R$ 2,71 trilhões de janeiro a dezembro, o maior valor real –corrigido pela inflação– desde o início da série histórica, iniciada em 1995. A Receita Federal divulgou o resultado nesta 3ª feira (28.jan.2025). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 703 kB).

Apesar de ser recorde, a arrecadação não deverá evitar o deficit nas contas públicas, quando as despesas do governo superaram as receitas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o saldo negativo será de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), mas desconsidera os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas.

A arrecadação federal subiu 9,62% em 2024 ante 2023. Além de ser o maior ganho tributário em 29 anos, teve a maior alta anual desde 2021, quando subiu 17,36%. O desempenho da atividade econômica favoreceu a arrecadação. O Poder360 mostrou que, nos últimos 2 anos, o país cresceu mais de 3%.

ARRECADAÇÃO EM DEZEMBRO

Em dezembro, a arrecadação federal somou R$ 261,3 bilhões em dezembro de 2024, o maior valor para o mês da série histórica, iniciada em 1995.

CONTAS PÚBLICAS

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ter um deficit primário de 0,1% do PIB em 2024. Esse saldo negativo desconsidera os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no país. O deficit seria de 0,4% do PIB, fora do intervalo permitido pela meta.

A equipe econômica tinha o objetivo de zerar o deficit primário. A meta estabelece um saldo negativo máximo, de até 0,25 ponto percentual do PIB. Em 2024, esse valor era de R$ 28,8 bilhões.

No Relatório de Acompanhamento Fiscal, a IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal disse que o governo Lula teve um deficit de R$ 46,3 bilhões em 2024. Ao desconsiderar as despesas excepcionalizadas da regra de meta fiscal, o saldo negativo cai para R$ 14,5 bilhões.

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