Onça-parda é atropelada na RS-126 entre Lagoa Vermelha e Sananduva

Uma onça-parda foi vítima de um atropelamento no Km 98 da RS-126, entre os municípios de Lagoa Vermelha e Sananduva, nos Campos de Cima da Serra Gaúcha. O impacto foi tão intenso que, pelo rastro de sangue na estrada, é possível concluir que o animal foi arrastado por cerca de 20 metros.

A onça-parda, também conhecida como puma ou suçuarana, é um dos maiores felinos das Américas e desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas. Este acidente não só reforça a urgência de medidas de proteção para a fauna em rodovias, mas também destaca os desafios enfrentados por espécies silvestres em áreas de ocupação humana.
Características da onça-parda

Com uma pelagem macia que varia entre castanho e marrom-acinzentado, a onça-parda possui uma aparência imponente. Sua cauda longa, que pode chegar a 61,5 cm, e seus músculos potentes a tornam uma excelente saltadora, capaz de alcançar até 6 metros de distância em um único salto.

Filhotes dessa espécie nascem com manchas negras, que desaparecem à medida que crescem. Apesar de ser um felino de grande porte, a onça-parda é solitária e tímida, raramente atacando humanos. Seus hábitos incluem marcar território arranhando árvores e percorrer longas distâncias, podendo andar mais de 30 km por dia.

Alimentação e habitat

A onça-parda é um predador estritamente carnívoro, alimentando-se de mamíferos, aves, répteis e até insetos. Entretanto, em áreas próximas a propriedades rurais, não é raro que o animal ataque criações de ovinos, bovinos e outros animais domésticos.

Seu habitat natural inclui florestas tropicais, subtropicais, caatinga, cerrado e pantanal, mas sua presença em áreas densamente povoadas é incomum. Essa característica reforça o impacto do desmatamento e da expansão urbana no deslocamento desses animais para locais onde estão mais vulneráveis.

Conservação e alerta

Classificada como “vulnerável” pela comunidade científica, a onça-parda enfrenta uma série de ameaças, desde a perda de habitat até atropelamentos em rodovias. No trecho onde ocorreu o acidente, medidas como sinalização adequada, redução de velocidade e instalação de passagens para fauna poderiam minimizar esses riscos e preservar a vida silvestre.

Este caso é mais um alerta para a importância de políticas públicas voltadas à proteção ambiental, que garantam a coexistência harmoniosa entre humanos e a fauna nativa.

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