Debate sobre operações em favelas é mal conduzido, diz Paes

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou nesta 6ª feira (24.jan.2025) que o debate sobre a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) “das favelas”, que começou a ser julgada no STF (Supremo Tribunal Federal) em novembro de 2024, está “mal conduzido”. Ele cobrou clareza do governador Cláudio Castro (PL).

Essa questão da ADPF no Rio, seja no campo real ou no campo do simbólico, se tornou um inibidor da ação policial. A minha impressão é que, desde que essa ADPF foi implantada, teve um aumento da ocupação e do domínio territorial“, disse a jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O prefeito carioca, reeleito em 2024, disse ser contrário à ADPF, mas, segundo ele, isso não significa que a polícia está autorizada a “fazer tudo”.

A ação no Supremo, que ganhou projeção por pedir que policiais usem câmeras nos uniformes, é alvo de críticas por parte de integrantes do Governo do Estado do Rio de Janeiro por “dificultar” o trabalho de policiais nas favelas.

Paes foi perguntado quanto à ação violenta de agentes da segurança no Rio. A Polícia Militar e a Civil fizeram uma operação nos complexos do Alemão e da Pena, na zona norte do Rio, nesta 6ª feira (24.jan). Um homem morreu e um policial ficou ferido.

Para o prefeito, o Estado tem o monopólio da força e deve agir com dureza contra criminosos, mas não é igual a eles.

Talvez o bandido queira te matar de cara, te botar a 7 palmos do chão, o Estado não pode querer isso. O Estado tem que buscar prender e punir aqueles que cometem crimes”, disse.

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