“México te abraza”: governo lança programa para deportados dos EUA

O governo do México anunciou na 3ª feira (21.jan.2025) o programa “México te abraza” (em português, México te abraça) para receber mexicanos deportados dos Estados Unidos depois do endurecimento da legislação pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Republicano).

A secretária de Interior mexicana, Rosa Icela Rodríguez, anunciou a preparação de 9 centros de acolhimento em 6 Estados que fazem fronteira com os EUA. Afirmou que os repatriados serão recebidos de “braços abertos, com carinho” e “humanismo”.“Reafirmamos a nossa identidade como um povo que não só acolhe, mas também protege e respeita os direitos e a dignidade de quem regressa”, disse Rodríguez.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum (Movimento Regeneração Nacional, esquerda), também esteve presente durante o anúncio e destacou que aqueles que decidirem voltar de maneira voluntária também serão repatriados.

Eis a localização dos 9 centros:

  • Tamaulipas (3);
  • Baixa Califórnia (2);
  • Sonora;
  • Chihuahua;
  • Coahuila;
  • Nuevo León.

Em um comunicado, a ministra detalhou que haverá 189 ônibus para transportar os repatriados das fronteiras até um dos centros de atendimento. Cada unidade terá serviço de limpeza, logística e alimentação, além de internet para permitir a comunicação dos migrantes. Não foi detalhado, porém, a previsão para que os centros sejam concluídos ou quando passarão a funcionar.

TRUMP E OS IMIGRANTES

No 1º dia de governo, Trump assinou diversos decretos que reverteram políticas de imigração do ex-presidente Joe Biden (Democrata). O republicano desativou o programa CBP One, que permitia a migrantes agendar um horário para entrar legalmente no país, e suspendeu por 90 dias o Programa de Admissão de Refugiados dos Estados Unidos.

Entretanto, a medida que levou à ação do governo mexicano, que já se preparava para possíveis medidas de Trump, foi a imposição do estado de emergência na fronteira com o México.

Nesse cenário, militares norte-americanos presentes na fronteira recebem permissões ampliadas para deportar imigrantes ilegais e aqueles que aguardavam a aprovação do governo Biden. O estado de emergência também possibilita o avanço na construção de um muro entre os 2 países.

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