Unindo Física e Filosofia: Joaçabense Guilherme Franzmann é destaque mundial

Guilherme, ou Gui, como costuma ser chamado, cresceu em uma pequena cidade chamada Joaçaba, no sul do Brasil. Concluiu o bacharelado em Florianópolis e posteriormente o mestrado em física teórica em São Paulo. Seu interesse pela teoria das cordas e pelo universo primitivo o levou então ao Canadá, onde completou um doutorado em cosmologia teórica sob a supervisão do Prof. Robert Brandenberger e foi selecionado como o melhor aluno de doutorado de 2019 pelo Centre de Pesquisas Matemáticas. Gui ingressou na Nordita pela primeira vez como pós-doutorado independente e agora ocupa uma posição conjunta como pesquisador sênior na Nordita e no Departamento de Filosofia da Universidade de Estocolmo, onde é professor. Sua pesquisa na Nordita concentra-se nos fundamentos quânticos e na gravidade quântica, em particular, tentando desvendar como o espaço e o tempo poderiam surgir da mecânica quântica.

Em que você se concentrará agora que garantiu o financiamento para os próximos anos?

Quero concentrar-me no desenvolvimento de um forte programa de investigação que tente abordar algumas das questões mais profundas que temos na física teórica, tais como como o espaço e o tempo podem emergir da mecânica quântica e como podemos pensar sobre as diferentes partes do mundo quando ambos os sistemas quânticos mecânica e gravidade são relevantes. E espero fazer isso com meus alunos e colaboradores. Meu objetivo é não apenas desenvolver minha pesquisa, mas também promover um ambiente cooperativo para se opor à pressão estrutural que a academia costuma provocar. Também investo muito na construção de comunidades e espero encontrar maneiras de promover relacionamentos interpessoais na Nordita.

Como a Nordita pode ajudá-lo a realizar suas ambições?

A razão pela qual entrei na Nordita há 5 anos como bolsista foi a quantidade de independência que teria aqui. E, de facto, essa independência permitiu-me definir o meu próprio caminho de investigação, explorando questões que apelavam à minha curiosidade, ao mesmo tempo que me deixava espaço para cultivar a minha própria rede de colaboradores. Na mesma linha, o ambiente em Nordita e o forte apoio do diretor anterior e atual para desenvolver minhas próprias iniciativas levaram à criação de um programa de divulgação de muito sucesso chamado ScientiFika. Assim, daqui para frente, espero que Nordita continue sendo um ambiente propício para novas ideias e que acredite e apoie minhas visões para o futuro.

Como você planeja contribuir para o ambiente de pesquisa interdisciplinar e colaborativo da Nordita?

Espero continuar contribuindo da mesma forma que já faço: supervisionando estudantes locais, desde o nível de bacharelado até estudantes de mestrado e doutorado; cultivando e promovendo a Scientifika, uma das principais iniciativas de investigação da universidade, que reúne semanalmente estudantes, investigadores e, por vezes, professores, para aprender não só sobre física, mas também muitos outros temas de investigação cativantes de outras áreas; trazendo visitantes à Nordita para colaborar comigo em minha pesquisa; e, finalmente, envolvendo-nos com todos os investigadores que vão e vêm, pois nunca sabemos realmente de onde virão as novas ideias! (Fonte https://nordita.org/news)

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