Fiocruz diz que operação dentro da instituição causou impacto pontual na produção de vacinas, mas entrega não irá atrasar


A Fundação também determinou que os funcionários trabalhem de forma remota nesta quinta-feira (9). Apenas os trabalhadores de serviços considerados essenciais devem ir à Fiocruz de forma presencial. Tiro atinge Fundação Oswaldo Cruz na manhã desta quarta-feira (8).
Divulgação/ Fundação Oswaldo Cruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que a operação da Polícia Civil que teve troca de tiros dentro da instituição em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, chegou a impactar pontualmente a produção de vacinas. Entretanto, o incidente não impactará a entrega.
A Fundação também determinou que os funcionários trabalhem de forma remota nesta quinta-feira (9). Apenas os trabalhadores de serviços considerados essenciais devem ir à Fiocruz de forma presencial.
Uma viatura da Polícia Militar estava na principal entrada reforçando a segurança.
Viatura da PM na porta da Fiocruz
Reprodução/ TV Globo
Operação
Funcionários da Fiocruz trabalham de forma remota um dia após operação dentro da instituição
A operação contou com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). De acordo com a Polícia Civil, criminosos fugiram para o interior da Fiocruz.
Imagens de câmeras de segurança chegaram a mostrar um homem apontado pela polícia como traficante pela polícia circulando dentro da fundação, tentando fugir.
Durante a troca de tiros, um disparo acertou uma das janelas da Bio-Manguinhos, a fábrica de vacinas da Fiocruz. Uma mulher foi atingida por estilhaços do vidro e precisou de atendimento médico.
Policial civil armado na Fundação Oswaldo Cruz na manhã desta quarta (8).
Arquivo pessoal
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Investigação
Imagens de drones da polícia mostram criminosos armados entrando em um carro e saindo do local. Dois funcionários da empresa que presta serviços de segurança para a fundação foram levados para a delegacia. A Polícia Civil suspeita de apoio na fuga de criminosos, mas uma representante da Fiocruz nega.
“O funcionário é um supervisor da nossa segurança. Nós não conseguimos identificar ou localizar o motivo dele ter sido algemado e dele ter sido levado para a delegacia de polícia. Nós, naturalmente, orientamos atendimento, acompanhamento por advogados. A conduta da polícia para com a instituição é uma conduta que nos traz apreensão, porque nos envolve”, disse Ana Beatriz Cuzzatti, da Fiocruz.
O delegado André Neves afirma que a investigação está em curso.
“Há sim, uma investigação em curso na unidade demonstrando participação de alguns agentes. A gente vai esperar as investigações, todos os depoimentos colhidos para, aí sim, ter a definição jurídica certeira”, destacou o delegado.
A TV Globo apurou que os dois funcionários prestaram depoimento e foram liberados. De acordo com a polícia, eles deram depoimentos contraditórios e, por isso, as investigações continuam.
A Fiocruz afirmou que considera a operação arbitrária e sem comunicação com a direção da instituição. E que os agentes entraram no local assustando funcionários e frequentadores, que não foram avisados sobre o que estava acontecendo.
A Polícia Civil afirma que só entrou no campus da Fiocruz diante da informação de que bandidos acessaram a instituição.
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Editoria de Arte g1
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