Petrus acredita em Brasil no top-8 do Mundial de handebol

O Brasil nunca chegou nas quartas de final do Mundial de Handebol Masculino. A melhor campanha da história da seleção brasileira foi o nono lugar no Campeonato Mundial de 2019. Na ocasião, o Brasil teve cinco vitórias, sendo quatro em cima de países europeus. Apesar de ser uma tarefa difícil, o ala Thiagus Petrus acredita no potencial do time brasileiro. Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, o jogador disse que melhorar o resultado de seis anos atrás é possível.

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A Europa é a meca do handebol mundial, com os melhores clubes e seleções. Enquanto no feminino o Brasil e a Coreia do Sul já quebraram a hegemonia europeia, entre os homens, apenas países do velho continente já levantaram o troféu do Mundial de Handebol. E os países europeus serão os principais adversários do Brasil em busca da vaga inédita no top-8 do Mundial, com a seleção brasileira tendo que passar por Noruega, Portugal, Espanha e Suécia para conseguir sua melhor campanha da história.

Indo para seu sétimo Campeonato Mundial, Thiagus Petrus acredita que o Brasil possa bater de frente contra as equipes europeias para chegar nas quartas do Mundial. “É possível a gente ter uma campanha melhor que a de 2019, mesmo a gente tendo bastante nomes novos nessa convocação. Acredito que a gente vai ter a nossa chance e nossas oportunidades de ganhar todos os jogos. Temos que ficar bem concentrados para chegar nesse momento e a moeda cair para o nosso lado, sairmos com a vitória e quem sabe classificar para as quartas de final”, respondeu o atleta ao OTD.

Experiência na Europa

Thiagus Petrus está há 12 anos no handebol europeu, com as últimas sete temporadas no Barcelona, onde ganhou um Mundial de Clubes, três Champions League e seis Ligas da Espanha. Além disso, Petrus ainda foi eleito o melhor defensor do handebol europeu na temporada 2022/2023. O atleta falou também sobre a importância de competir na Europa para ganhar rodagem para as grandes competições com a seleção brasileira. “Principalmente pela quantidade e qualidade dos jogos que você faz na europa. Normalmente você joga um time normal de 30 a 35 jogos bons no ano. E é uma diferença bem grande,já que no Brasil a cada ano vai mudando o formato das competições e o calendário. E lá você sabe que toda semana vai ter jogo. Então dá para você se preparar e ter uma rotina bem definida para ser profissional”, explicou.

Para o Mundial de 2025, o Brasil convocou 18 atletas. Apenas três deles jogam no Brasil: o goleiro Mateus Cristian, o ponta Joel Felipe e o pivô Renan Iziquiel. Os demais 15 nomes da lista jogam na Europa e estão mais acostumados com o ritmo intenso das partidas do velho continente.

O veterano e os calouros

Vale ressaltar também que o Brasil está em um processo de renovação. Ao todo, atleta vão disputar o Campeonato Mundial pela primeira vez. Indo para a sua sétima participação, Thiagus Petrus é uma das principais referências do grupo e tenta ajudar os calouros da equipe. “Eu falo com eles que primeiro tem que trabalhar no clube, ser o mais profissional e chegar na seleção e replicar o que você faz no clube. Isso é a primeira premissa e logo eu tento animar, ajudar e passar um pouco da minha experiência nos treinos, no dia a dia, para que eles possam ir evoluindo e quem sabe ajudar bastante tempo a seleção”, afirmou.

O Brasil está no grupo E do Campeonato Mundial de handebol masculino. A estreia é no dia 15 de janeiro contra a anfitriã Noruega. Nos dias seguintes, a seleção ainda enfrenta Portugal e Estados Unidos. Os três melhores times da chave avançam para a segunda fase da competição, onde enfrentam os três primeiros do grupo F que conta com Espanha, Suécia, Chile e Japão.

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