Guangzhou encerra atividades após ter licença negada pela Liga Chinesa

O Guangzhou FC, maior vencedor do futebol chinês e ex-campeão da Ásia, encerrou suas atividades profissionais em 7 de janeiro de 2025 após ter sua licença negada pela Associação Chinesa de Futebol (CFA). O clube acumulou dívidas bilionárias devido à crise financeira de seu proprietário, o grupo Evergrande.

A CFA excluiu o Guangzhou FC da lista de 49 equipes que participarão das competições profissionais em 2025. O clube tentou levantar recursos para quitar seus débitos, mas não obteve sucesso.

O clube dominou o futebol chinês ao conquistar 8 títulos da Super Liga Chinesa (CSL), sendo 7 deles consecutivos entre 2011 e 2017. Além disso, venceu 2 vezes a Liga dos Campeões da Ásia.

Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, Marcello Lippi e Fabio Cannavaro, o Guangzhou FC investiu pesadamente em jogadores internacionais. Em 2016, estabeleceu o recorde asiático ao pagar 46 milhões de dólares pelo atacante Jackson Martinez.

O declínio começou quando seu proprietário, o grupo Evergrande, enfrentou dificuldades no mercado imobiliário chinês. Em 2020, o clube iniciou a construção de um estádio de 1,86 bilhão de dólares, projeto cancelado em 2022 quando o grupo acumulou 300 bilhões de dólares em dívidas.

Em 2022, o clube foi rebaixado para a 2ª divisão. Na temporada 2024, terminou em terceiro lugar e não conseguiu retornar à elite do futebol chinês.

A crise do Guangzhou FC reflete um momento delicado do futebol chinês. Entre 2015 e 2017, os clubes locais investiram mais de 2,5 bilhões de dólares em contratações internacionais. Após medidas do governo para conter gastos excessivos e a crise imobiliária, diversos clubes tradicionais entraram em colapso financeiro.

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