Soldado israelense investigado pela justiça brasileira sobreviveu ao ataque do Hamas

A Justiça Federal ordenou o início de uma investigação sobre um militar israelense, que passava suas férias no Brasil, sob a acusação de “genocídio” e alegados crimes de guerra na Faixa de Gaza.

O indivíduo de carreira militar sobreviveu ao “ataque terrorista do Hamas” ocorrido em um festival de música eletrônica, em 7 de outubro de 2023.

O militar, cujo nome não foi revelado, partiu do Brasil seguindo a ordem judicial emitida pela Justiça brasileira.

Os familiares do militar garantiu a jornais de Israel que ele não estava detido e estava sendo providenciado o suporte necessário para que ele saísse do Brasil de maneira segura.

Conforme relatado pela família, o militar foi uma das vítimas do ataque terrorista do Hamas, que culminou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, sendo a maioria civis.

Ele conseguiu escapar durante o ataque, correndo quilômetros e evitando os tiros dos terroristas para preservar sua vida.

Reação em Israel

O pedido de investigação sobre o soldado gerou uma reação política em Israel.

O chefe da oposição, Yair Lapid, atribuiu ao governo israelense a responsabilidade pelo incidente. Lapid condenou a insuficiência de segurança para os militares israelenses que viajam para fora do país.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel, em reação ao caso, declarou que o ministro Gideon Sa’ar havia pedido à embaixada israelense no Brasil que desse total apoio ao soldado e à sua família, assegurando uma saída pacífica.

Pedido de investigação

A juíza federal Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, ordenou a investigação durante o plantão de 30 de dezembro de 2024.

A acusação, submetida pela Fundação Hind Rajab (HRF) através dos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, indica que o soldado supostamente esteve envolvido na demolição de residências de civis palestinos em novembro de 2024.

De acordo com a entidade, a destruição, além de situações de combate, foi um elemento de uma campanha de repressão contra a população palestina.

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