RS: Polícia já ouviu 15 pessoas no caso do bolo envenenado que matou três pessoas

A Polícia do Rio Grande do Sul investiga a morte de três pessoas, da mesma família, após comerem um bolo em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Uma das vítimas foi a óbito na segunda-feira (23), quando o doce foi ingerido, e as outras duas um dia depois.

Até este sábado (28), a polícia informou ter ouvido um total de 15 pessoas para tentar esclarecer o caso. O delegado responsável pelo caso, Marcos Veloso, conrmou que análises laboratoriais detectaram a presença de arsênio no sangue das vítimas fatais e também das sobreviventes. A
substância é extremamente tóxica e pode levar à morte.

Segundo as investigações, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal.

As vítimas fatais foram identicadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Tatiana Denize da Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65. Segundo o hospital Nossa
Senhora dos Navegantes de Torres, as duas primeiras vítimas tiveram uma parada cardiorrespiratória; a terceira vítima sofreu um ‘choque pós intoxicação alimentar”, também
de acordo com a unidade.

Do grupo, apenas uma pessoa não teria ingerido o alimento. Outras três pessoas foram hospitalizadas, e uma já recebeu alta. Permanecem internadas uma criança de 10 anos e a
mulher responsável pelo preparo do bolo, com ‘quadro clinicamente estável’. Os agentes da polícia encontraram produtos vencidos na casa da mulher que preparou o bolos em Arroio do Sal e o levou para Torres.

A investigação encaminhou os corpos das três vítimas para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), e os resultados dos laudos devem ser divulgados na próxima semana. Também serão elaborados laudos periciais no bolo, que poderão apontar se houve contaminação cruzada de alimentos e os ingredientes utilizados no preparo do alimento.

A Polícia Civil ainda identicou que o ex-marido da mulher que preparou o bolo morreu em setembro deste ano por intoxicação alimentar. A morte não foi natural. Agora, diante do caso, a polícia abriu um inquérito e pediu a exumação do corpo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.