Nunes rompe contrato de empresas de ônibus por suposta ligação com PCC

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou um decreto que dá início ao processo de rompimento dos contratos com as concessionárias de ônibus municipais Transwolff e UPBus. Os decretos foram publicados na 6ª feira (27.dez.2024) no Diário Oficial do Município.

As duas empresas estão sob intervenção da Prefeitura desde abril deste ano, quando o Ministério Público de São Paulo deflagrou a operação Fim da Linha. As viações são investigadas por suspeitas de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo as investigações preliminares que deram suporte à operação, a Receita Federal identificou a utilização de diversos esquemas tributários usados para lavar dinheiro proveniente do crime organizado. Entre os mecanismos encontrados estão a integralização de capital social com valores de origem ilícita, movimentações financeiras atípicas e a distribuição desordenada de lucros, sem respaldo financeiro legítimo.

Juntas, as empresas UPBus e TransWolff são responsáveis pelo transporte de mais de 680 mil passageiros por dia na capital paulista. Depois que a operação foi deflagrada, a SPTrans assumiu a gestão das linhas de ônibus operadas pelas duas empresas.

O processo de caducidade dos contratos foi iniciado em 23 de dezembro de 2024, depois de uma reunião entre a Secretaria Municipal da Fazenda, a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana, a Procuradoria Geral do Município, a Controladoria Geral do Município e a SPTrans.

O OUTRO LADO

Poder360 procurou as empresas Transwolff e UPBus para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito dos decretos assinados pelo prefeito Ricardo Nunes. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

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