Leia as 5 principais notícias do mercado desta 3ª feira

O FED (Federal Reserve, Banco Central norte-americano) e o Banco Central brasileiro iniciam sua mais recente reunião de definição de políticas monetárias nesta 3ª feira (30.jul.2024). 

Os investidores aguardam ansiosamente por mais lucros corporativos, especialmente do importante setor de tecnologia. A BP já impressionou com seus números do 2º trimestre.

1. Banco central dos EUA

O Federal Reserve inicia sua reunião de política de julho no final da sessão e, depois do relatório de inflação benigno de junho, os investidores esperam que os formuladores de políticas estabeleçam as bases para um corte nas taxas em setembro.

O banco central dos EUA anunciará a decisão na 4ª feira (31.jul) e espera-se que mantenha sua taxa de juros overnight de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50%, como tem feito desde julho passado.

Os investidores estão buscando sinais sobre quando e quantos cortes nas taxas haverão este ano e, portanto, estarão acompanhando atentamente qualquer orientação de política emitida pelo banco central, bem como a coletiva de imprensa pós-reunião com o Presidente do Fed Jerome Powell.

As autoridades do Fed têm afirmado repetidamente que estão procurando mais evidências de que a inflação está retornando de forma constante para 2% antes de cortar as taxas, mas o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou no início deste mês que o banco central pode não esperar até que a inflação atinja essa meta antes de cortar as taxas.

Os futuros estão totalmente precificados para uma flexibilização de um quarto de ponto em setembro, com uma pequena chance de uma redução de 50 pontos-base, e têm 66 pontos-base de flexibilização precificados até o Natal.

Os futuros das ações dos EUA subiram nesta 3ª feira (30.jul), com os investidores aguardando o início da última reunião do Federal Reserve, bem como os principais lucros corporativos.

Às 8h (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,07% mais alto, o S&P 500 futuros subiu 0,26%, e o Nasdaq 100 futuros subiu 0,25%.

O Federal Reserve deve iniciar sua reunião de política de 2 dias no final da sessão, e os investidores estão procurando pistas sobre o momento e o número de cortes de taxas esperados para este ano.

A principal divulgação de lucros nesta 3ª feira (30.jul) será feita pela Microsoft (NASDAQ:MSFT) depois do fechamento. Mas também haverá resultados de empresas como Merck (NYSE:MRK), Pfizer (NYSE:PFE), PayPal (NASDAQ:PYPL) e Procter & Gamble (NYSE:PG) antes da abertura. O Starbucks (NASDAQ:SBUX) e AMD (NASDAQ:AMD) vão divulgar depois do fechamento.

Até o momento, mais de 40% das empresas do S&P 500 divulgaram seus resultados, sendo que 79% apresentaram lucros que superaram as expectativas de Wall Street, de acordo com a LSEG.

2. Relatório da Microsoft

A Microsoft (NASDAQ:MSFT) divulga seus resultados trimestrais depois do fechamento nesta 3ª feira (30.jul) – o 1º de uma série de números dos gigantes da tecnologia nesta semana, incluindo a Meta (NASDAQ:META), empresa-mãe do Facebook, na 4ª feira (31.jul) e, em seguida, a Apple (NASDAQ:AAPL) e a Amazon (NASDAQ:AMZN) na 5ª feira (1.ago).

Os investidores estarão atentos para ver se as vendas do negócio de computação em nuvem Azure da Microsoft aumentaram o suficiente para justificar os bilhões de dólares gastos em infraestrutura de inteligência artificial.

Espera-se que o gigante do software informe que o crescimento do Azure permaneceu estável trimestre a trimestre, em cerca de 31% entre abril e junho, de acordo com dados da Visible Alpha, ajudado por sua parceria com a OpenAI, fabricante do ChatGPT.

Os gastos de capital da Microsoft provavelmente aumentaram cerca de 53% em relação ao ano anterior, para US$ 13,64 bilhões no período, de acordo com 16 analistas consultados pela LSEG. Um grande avanço em relação aos US$ 10,95 bilhões em gastos registrados no trimestre anterior.

As ações da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), controladora do Google, caíram drasticamente na semana passada, depois que a empresa divulgou um gasto de capital trimestral que excedeu as estimativas em quase US$ 1 bilhão, enquanto o aumento da receita das integrações de IA (Inteligência Artificial) permaneceu modesto, provocando uma venda nas principais empresas de tecnologia.

3. BP aumenta dividendos 

A BP (LON:BP) (NYSE:BP) divulgou resultados impressionantes do 2º trimestre nesta 3ª feira (30.jul), fazendo com que a gigante da energia aumentasse seus dividendos ao superar as previsões de lucro.

A BP divulgou um lucro subjacente de US$ 2,76 bilhões para o 2º trimestre do ano fiscal, acima dos US$ 2,59 bilhões do mesmo trimestre de 2023, e um pouco acima dos US$ 2,72 bilhões obtidos nos primeiros 3 meses do ano.

A grande petrolífera criou um fluxo de caixa substancial de US$ 8,1 bilhões, o que lhe permitiu reduzir a dívida líquida para US$ 22,6 bilhões, além de aumentar seus dividendos em 10% e anunciar outra recompra de ações, no valor de US$ 1,75 bilhão, para o último trimestre.

“Nossa decisão de aumentar nossos dividendos em 10% e estender nosso compromisso com o programa de recompra de ações até o 4º trimestre de 2024 reflete a confiança que temos em nosso desempenho e nas perspectivas de geração de caixa”, disse a CFO Kate Thomson. “Estamos mantendo uma estrutura financeira disciplinada e continuamos comprometidos com o aumento do valor e dos retornos para a BP.”

4. Petróleo

Os preços do petróleo se estabilizaram nesta 3ª feira (30.jul), sendo negociados perto das mínimas de 2 meses, devido às preocupações contínuas com a demanda na China, o maior importador de petróleo do mundo, enquanto os investidores ignoravam o risco de escalada de conflitos no Oriente Médio.

Às 8h, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) recuaram 0,11%, para US$ 75,73 por barril, enquanto o contrato do Brent caiu na mesma magnitude, para US$ 78,96 por barril.

Os comerciantes foram vistos precificando um prêmio de risco do petróleo depois que relatos da mídia disseram que as autoridades israelenses não estavam buscando uma guerra total com o Líbano em sua retaliação por um ataque com foguetes que matou 12 pessoas nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel.

Os preços do petróleo estão sendo negociados perto das mínimas de 2 meses em meio a preocupações persistentes sobre a desaceleração da demanda, especialmente na China, principal importador, devido aos dados fracos de crescimento da semana passada.

Dito isso, o Politburo, principal órgão decisório do Partido Comunista, prometeu, no final de sua reunião de julho, seguir uma política fiscal “proativa”, sugerindo mais estímulos no futuro.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo se reúne no final da semana para discutir os níveis de produção, embora seja provável que a recente fraqueza do petróleo faça com que o cartel minimize quaisquer planos de redução dos cortes de produção.

5. Reunião do Copom

Começa nesta 3ª (30.jul) a reunião de 2 dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central para definir o patamar da Selic (Taxa de Juros Básica) da economia brasileira. A decisão será anunciada amanhã à noite, com a expectativa consensual indicando manutenção em 10,5%.

Com dólar mais elevado e pressão nas expectativas inflacionárias, economistas estarão atentos a qualquer indicativo a respeito de eventual alta nos juros, mas entendem que o comunicado não deve se comprometer com nenhuma ação futura do colegiado, apenas demonstrar um tom mais cauteloso, segundo economistas consultados pelo Investing Brasil.

Boletim Focus divulgado na 2ª (29.jul) mostra que os economistas consultados pelo BC (Banco Central) esperam que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 4,10%, acima do centro da meta de 3%, mas dentro do intervalo de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual. A expectativa para a taxa básica de juros Selic segue em 10,50% neste ano.

Às 8h (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,07% no pré-mercado.


Com informações da Investing Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.