Oposição acusa prefeita eleita de Rio das Antas de compra de votos e abuso de poder

A prefeita eleita do município de Rio das Antas, no Meio-Oeste de Santa Catarina, Gilvane Aparecida Moraes (PL), está sendo acusada, em uma ação judicial aberta nesta semana, de compra de votos e abuso de poder.

Além da prefeita eleita nas eleições de 2024, o vice-prefeito eleito, Sadi Zilli, e um vereador, também estão sendo alvos das acusações. O processo está sendo analisado pela Justiça Eleitoral da 6ª Zona Eleitoral, sediada em Caçador.

A denúncia foi protocolada pelo candidato a prefeito do município nas últimas eleições, Selmir Bodanese (MDB). O documento conta com vídeos, áudios e capturas de tela de diálogos em aplicativos de conversa e nas redes sociais.

Conforme a denúncia, essas iniciativas, apontadas como criminosas pelos advogados de Bodanese, tiveram impacto na campanha eleitoral e desequilibraram a eleição no município de Rio das Antas.

Entre os pedidos da ação judicial, caso os crimes sejam confirmados, estão a cassação dos diplomas ou mandados de Gilvane, bem como do vice-prefeito eleito e do vereador; a realização de uma nova eleição; aplicação de multa e a decretação da inelegibilidade dos acusados.

“A compra de voto descarada e a intimidação e coação realizadas inibiram muitos eleitores, principalmente os mais humildes, em manifestar a sua escolha dos candidatos, gerando um grave atentado contra a segurança pública e contra o processo democrático”, descreveu Bodanese.

O que diz a prefeita eleita?

O NDMais entrou em contato com a prefeita eleita por meio de mensagem e também de ligação telefônica, mas não obteve retorno até às 11h da manhã desta sexta-feira (29). Porém, o espaço segue aberto para manifestação da prefeita, do vice-prefeito e também do vereador citados nas acusações.

Eleições em Rio das Antas

A candidata a prefeita pelo PL, Gilvane Moraes, foi eleita com 2.442 para assumir a gestão do município em 2025, juntamente com o vice Sadi Zilli. O candidato Selmir Bodanese, atual vice-prefeito do município, alcançou 2.293 votos e não foi eleito.

A ação judicial também cita essa diferença de 149 votos e aponta que “uma margem que evidencia o quanto qualquer apoio extra foi determinante para o resultado”, descreve o documento. (ND+)

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