Opep+ deve prorrogar cortes para sustentar preços do petróleo

Opep+ deve optar por estender os cortes na produção de petróleo, segundo analistas do UBS, que descartam a possibilidade de aumento de oferta no curto prazo. A decisão será debatida na reunião de dezembro, quando os membros da coalizão definirão as políticas de produção para os próximos meses.

De acordo com o UBS, as condições atuais do mercado —com os preços do petróleo próximos ao limite inferior de suas faixas de negociação— não favorecem um aumento na produção. A organização está atenta ao risco de agravar um excedente sazonal no mercado de petróleo, o que poderia pressionar ainda mais os preços.

Os analistas acreditam que a Opep+ deve prorrogar os cortes de produção por mais 3 meses, abrangendo o 1º trimestre de 2025, um período historicamente marcado por uma demanda mais fraca por petróleo.

Essa abordagem conservadora permitiria à aliança manter a flexibilidade para ajustar a produção caso surjam interrupções inesperadas na oferta ou uma demanda maior do que a prevista ao longo do próximo ano.

Esforços contínuos de países como Iraque, Cazaquistão e Rússia para reduzir a produção acima das cotas estabelecidas também reforçam essa estratégia, destacaram os especialistas.

Embora o consenso aponte para a manutenção dos cortes, o UBS alerta sobre o impacto negativo no mercado caso a Opep+ decida aumentar a oferta antes do momento apropriado.

Essa decisão poderia levar os preços do Brent abaixo de US$ 70 por barril, dependendo da forma como a medida fosse comunicada ao mercado. No entanto, os analistas consideram esse cenário improvável, dado o histórico da aliança de priorizar a estabilidade do mercado em vez de buscar maior participação.

A estratégia do grupo reflete o reconhecimento de um mercado de petróleo delicadamente equilibrado, com projeções de superávit em 2025 devido ao aumento da oferta de países fora da Opep+ e ao crescimento moderado da demanda.

Essa perspectiva embasa a expectativa de que a Opep+ mantenha os cortes na produção até meados de 2027, quando o crescimento da oferta de produtores não pertencentes à aliança deve desacelerar.

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