Mercado financeiro estima taxa Selic de 13% em maio de 2025

Os agentes do mercado financeiro estimam a taxa básica, a Selic, em 13,00% ao ano em maio. Para chegar a tal patamar, o juro base terá que aumentar 1,75 ponto percentual nos próximos 6 meses. As informações são do Boletim Focus do BC (Banco Central). Eis a íntegra do relatório (PDF – 769 kB).

A taxa Selic está em 11,25% ao ano. Os agentes financeiros esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) reajuste o juro base em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, para 11,75%. O encontro do colegiado será em 10 e 11 de dezembro, o último de 2024.

Segundo as projeções dos agentes financeiros, a Selic subirá até 13% em maio de 2025. Ficará neste patamar até setembro do próximo ano, quando o Copom deverá cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 12,75%. Só deverá retomar o patamar atual (11,25%) no 1º semestre de 2026, segundo as estimativas.

A Selic mais alta serve para controlar a inflação e as expectativas futuras dos analistas. As projeções dos agentes financeiros para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) são de uma taxa acumulada de 4,63% em 2024 e de 4,34% em 2025.

A meta de inflação é de 3%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos –tornando permissível uma inflação de 1,5% a 4,5%. A taxa acumulada só pode ficar fora deste patamar durante 6 meses, segundo as novas regras do CMN (Conselho Monetário Nacional).

O descumprimento desse objetivo obriga o Banco Central a publicar uma carta aberta ao Ministério da Fazenda com as explicações. A autoridade monetária deverá informar, no documento, o tempo necessário para a inflação voltar à meta.

GALÍPOLO EM 2025

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, deixará o cargo em 2024. A reunião de 10 e 11 de dezembro será sua última no comando da autoridade monetária. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assumirá a cadeira de presidente do BC em janeiro de 2025.

Galípolo terá a missão de subir o juro base em meio às críticas do PT (Partido dos Trabalhadores) e aliados do governo Lula.

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