Em greve, funcionários do Tesouro pedem valorização ao governo

Funcionários do Tesouro Nacional realizaram na manhã desta 3ª feira (13.ago.2024) um ato em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília (DF). A carreira de finanças e controle está em greve.

A paralisação se dá nesta 3ª feira (13.ago) e se estende até a 4ª feira (14.ago). É a 2ª semana seguida que a categoria interrompe as atividades.

Assista (47s):

O Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) afirma que a mobilização está “em nível máximo” desde 31 de julho de 2024, quando o grupo rejeitou proposta do Ministério da Gestão e Inovação.

Um reajuste no intervalo de 11% a 23% em duas parcelas está entre as medidas colocadas na mesa pelo governo. Segundo o sindicato, o que pesou para não haver acordo foi uma resistência do MGI em negociar uma mudança nos requisitos para a entrada de técnicos federais de finanças e controle.

Atualmente, é preciso ter nível médio. A categoria avalia que as atribuições são de alta complexidade. Por isso, pede que a exigência para novos integrantes seja ter nível superior.

Os grevistas avaliam que a ampliação de níveis de progressão de 13 para 20 é um “rebaixamento das tabelas e deve ampliar a evasão dos quadros”.

À tarde, a categoria deve formalizar nova entrega de cargos. A mobilização também envolve funcionários da CGU (Controladoria Geral da União).

Até o momento, 321 auditores e técnicos federais de finanças e controle pediram demissão de cargos de chefia, coordenação e superintendência, sendo 192 da CGU e 129 do Tesouro.

Dentre os impactos causados pela greve, estão:

Na CGU:

  • atrasos em processos;
  • atraso em andamento de sete acordo de leniência;
  • prejuízo à análise de alertas de fraudes e irregularidades em licitações e contratos públicos.

No Tesouro Nacional:

  • atraso na entrega de informações sobre o projeto do Orçamento de 2025;
  • prejuízo ao monitoramento das regras fiscais e a apuração do resultado primário do governo central;
  • atraso nos ajustes das programações financeiras dos órgãos, inclusive as relacionadas a emendas;
  • atraso em emissões e resgates de títulos;
  • cancelamentos de reuniões com entes da Federação e o Banco Central, além de atraso ao repassar informações para a autoridade monetária.

OUTRO LADO

Poder360 procurou na manhã desta 3ª feira (13.ago), por e-mail, o Ministério da Gestão e Inovação e o Tesouro Nacional para perguntar se gostariam de se manifestar a respeito da manifestação e da greve envolvendo a carreira de finanças e controle. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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