ATR-72, avião que caiu em Vinhedo, voa desde 1988 e já teve 66 acidentes e 532 mortes

O acidente que deixou 62 mortos em Vinhedo na última 6ª feira (9.ago.2024) foi o 66º envolvendo um ATR-72, modelo da empresa franco-italiana ATR, e o 5º pior da história. 

Sua operação começou em 1988. Desde então, foram registrados 403 ocorrências envolvendo a aeronave, dentre elas 66 acidentes, com 532 mortes. Somente no Brasil, foram 33 ocorrências –nenhuma com registro de mortes, até a última 6ª feira. As informações podem ser acessadas no banco de dados da Aviation Safety Network, da FSF (Flight Safety Foundation).

O pior acidente do modelo foi em janeiro de 2023, em Pokhara (Nepal). Na ocasião, a queda de um ATR-72-500 –mesmo modelo do avião da Voepass que caiu em Vinhedo– causou 72 mortes. O voo era operado pela Yeti Airlines.

No 1º acidente com mortes, houve 68 óbitos. Foi em outubro de 1994, somente 6 anos depois do início das operações, em Roselawn (EUA). O modelo era um ATR-72-212, da American Eagle.

Eis os acidentes com maior número de vítimas envolvendo o ATR-72:

  • janeiro de 2023: 72 mortes – ATR-72-500 da Yeti Airlines, em Pokhara (Nepal);
  • novembro de 2010: 68 mortes – ATR-72-212 da Aerocaribbean, em Guasimal (Cuba);
  • outubro de 1994: 68 mortes – STR-72-212 da American Eagle, em Roselawn (EUA);
  • fevereiro de 2018: 66 mortes – ATR-72-212 da Iran Aseman Airlines, em Yasuj (Irã);
  • 9 de agosto de 2024: 62 mortes – ATR-72-500 da Voepass, em Vinhedo (Brasil).

A aeronave é uma turboélice, de 27 metros de envergadura e comprimento e 7,65 metros de altura, usada para rotas regionais, de até 1.500 km. Sua velocidade máxima é de 511 km/h. Ela opera em altitudes de até 10.000 pés (cerca de 3.000 metros), capaz de transportar até 7.000 kg de carga, com até 68 passageiros e uma tripulação de 4 pessoas.

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