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Uma denúncia levanta suspeitas sobre a atuação da coordenadora regional Norte da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Andrea Teixeira Roveda. A servidora, que ocupa cargo comissionado, está à frente da fiscalização de obras na região, ao mesmo tempo em que a empresa de um familiar, a RT Engenharia, presta serviços terceirizados para o Governo do Estado.
De acordo com informações obtidas pela coluna, a RT Engenharia pertence ao marido de Andrea, Márcio Roveda. No entanto, até um tempo atrás, a própria Andrea também figurava como sócia da empresa. Embora a RT não participe diretamente das licitações para a manutenção de rodovias estaduais, ela recebe serviços terceirizados, a exemplo de uma empresa de engenharia de Florianópolis que venceu o certame. A suspeita, segundo algumas fontes, é que, na prática, a empresa da capital apenas detém os contratos com o governo, enquanto equipamentos e funcionários são da RT Engenharia, o que coloca Andrea na posição de fiscalizar obras executadas pela própria empresa.
As denúncias envolvem serviços na Serra Dona Francisca e na Rodovia do Arroz, onde a RT Engenharia atua sob contrato indireto. Além disso, há suspeita de uso indevido de espaço público, como a Coordenadoria Regional Norte da SIE, sendo utilizada para a fabricação de artefatos de concreto, como tampas de caixa de drenagem, utilizando estrutura da secretaria, incluindo água e energia elétrica.

A empresa de engenharia de Florianópolis possui um contrato com o Estado, com valor estimado em R$ 13 milhões e prazo de execução de 730 dias. A empresa, contratada para a conservação das rodovias, subcontrata a RT Engenharia para a execução dos serviços de terraplanagem, drenagem pluvial, muros de gabiões, entre outros, que, além das máquinas, utilizam os serviços de funcionários da própria RT para a completa execução das atividades.
Vale destacar que, em relação a essa empresa de Florianópolis, não consta nenhuma suspeita de irregularidade. A questão levantada é somente em relação à RT, devido ao conflito de interesses quando há subcontratação de uma empresa que pertence ao marido da coordenadora regional da Secretaria de Infraestrutura.
Uma fonte chegou a questionar a demora na licitação para a revitalização da Serra Dona Francisca, cuja última concorrência foi realizada ainda no governo de Esperidião Amin (Progressistas). A forma de manutenção da rodovia e o modelo de contratação levantam dúvidas sobre possíveis favorecimentos e conflitos de interesses dentro da estrutura do Governo do Estado.

Uma fonte relatou que os secretários de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper, e o adjunto, Ricardo Grando, já teriam sido informados sobre a situação, mas, até o momento, Andrea segue no cargo. O caso provoca a necessidade de apuração por parte dos órgãos de controle, a fim de garantir transparência e lisura na gestão dos contratos públicos.
Juristas defendem que há evidente conflito de interesses, segundo a nova Lei de Licitações, que impede esse tipo de relação — ainda mais quando a empresa está, ou esteve recentemente, em nome do gestor público diretamente envolvido com obras e aquisições.
Contraponto
Procurado, Márcio Roveda, dono da RT Engenharia, confirmou que a empresa loca máquinas para terraplanagem. “Muitas vezes as empresas não têm equipamentos e geralmente alugam comigo e com outros. Eu alugo máquina só”, destacou, completando que também atende várias empresas, inclusive a de engenharia de Florianópolis, para quem aluga máquinas. Questionado se funcionários da empresa também são cedidos, Roveda confirma que os operadores também atuam para operar as máquinas alugadas. Quanto ao suposto uso do pátio para fazer tampas de caixas de drenagem, ele respondeu que, uma vez, foi até a secretaria carregar uma tampa e que apenas cedeu a máquina para transportar. “Não é nem humano um funcionário pegar uma tampa de concreto dessas e carregar”, disse o empresário, explicando que foi apenas pegar. O espaço está aberto para manifestação da Secretaria de Estado da Infraestrutura.
Atenção Florianópolis

Até quando o ex-vereador e ex-secretário Ed Pereira ficará calado, sem dizer tudo o que sabe sobre supostos esquemas na Prefeitura de Florianópolis? Informações têm circulado nos bastidores, por meio de fontes que sabem muito. Resta saber se, nos próximos depoimentos, Pereira continuará medindo as palavras ou trará à tona informações contundentes sobre grandes eventos na cidade, inclusive que podem causar fortes questionamentos — a exemplo da contratação de drones com dispensa de licitação para o Ano Novo de 2023 para 2024. A carta-convite foi de R$ 2,8 milhões.
Caiu
Arion Bet Godoi foi exonerado do cargo de diretor de Vigilância Sanitária do Estado. Conforme divulguei no mês passado, o Ministério Público do Trabalho apura uma série de denúncias feitas por servidores, entre as quais, assédio moral. O MPT, ao analisar o caso, identificou que os problemas começaram a ocorrer após a nomeação de Godoi. Dez recomendações foram feitas ao Governo do Estado, incluindo um pedido de afastamento do diretor, que agora foi exonerado.
Recado de Jorginho em BC

O governador Jorginho Mello (PL) deu um forte recado para o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL). Ele renovou o comando do partido em Balneário Camboriú para o ex-prefeito Fabrício Oliveira. Nos bastidores, desde o início do ano, era dito que a presidência do diretório municipal poderia ser repassada a Carlos Humberto como forma de costurar uma reaproximação, já que o parlamentar vê como traição o apoio de Jorginho à ideia de Fabrício de lançar Peeter Lee Grando como candidato liberal para a disputa da Prefeitura de BC. Após mais esse movimento de Jorginho, ganhou ainda mais força a possibilidade de Carlos Humberto deixar o PL.
Jorginho nega
O governador Jorginho Mello (PL) se manifestou a respeito de uma nota na coluna de ontem, que o cita como um dos deputados estaduais que, em 2008, votaram pela concessão do título de Cidadão Honorário de Santa Catarina ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nota diz que Jorginho nunca votou e nem votará em Lula, devido a visões opostas sobre os rumos do Brasil. “Ele também critica o Governo Federal por atacar Santa Catarina, em vez de destinar os recursos devidos ao Estado”, conclui.
Porém
O governador Jorginho Mello (PL) nega que tenha votado pela concessão do título ao presidente Lula (PT), alegando que saiu do plenário durante a votação. Porém, a coluna verificou na lista de presença publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de 13 de maio de 2008 e constatou que o nome do hoje governador está entre os presentes. Além disso, é importante lembrar que Jorginho Mello deixou o PSDB logo após para se filiar ao PR (atual PL), partido de Valdemar da Costa Neto, que mandou no DNIT nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT), e que teve o primeiro vice de Lula, José de Alencar. Além disso, foi um aliado de primeira hora de Dilma, tanto que mandou no DNIT em Santa Catarina.
Visões opostas?
Vale lembrar que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é cria política do presidente Lula (PT) e que governou o Brasil com a mesma visão sobre o país. Se o hoje governador Jorginho Mello (PL) tinha uma visão oposta à de Lula, como pôde se aliar a Dilma, que seguia a mesma agenda?
Nomeação contestada
Não pegou nada bem a nomeação de João da Luz na Câmara de Vereadores de Florianópolis. A informação é que a nomeação foi feita na licença do presidente João Cobalchini (MDB), que está em viagem ao exterior. A informação é que o pedido de nomeação teria partido de um integrante do Executivo. Um dos principais investigados na operação Mercadores da Morte, o ex-secretário de Limpeza e Manutenção Urbana teve conversas reveladas nas quais aparecia supostamente negociando vantagens, como viagens e até um chinelo avaliado em R$ 4 mil.
Curso técnico
O Governo do Estado divulgou mais 4.729 novas vagas em cursos técnicos para o programa Catarinense Técnico (CaTec), destinado a estudantes do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino. A carga horária dos cursos técnicos varia entre 800 e 1.300 horas/aula. Serão 14 cursos técnicos das áreas de tecnologia, produção alimentícia, industrial e infraestrutura, que devem ser ofertados nos municípios de Joinville, Blumenau, Chapecó, Florianópolis, São Bento do Sul, Joaçaba, Palhoça, Rio do Sul e São Miguel do Oeste, bem como nas cidades limítrofes destes municípios. “Esse é mais um programa idealizado pelo nosso governador Jorginho Mello, voltado para a melhoria do ensino e o desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina”, destaca o secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon.
Dispensa de certidão

Os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei que amplia o prazo para a dispensa da apresentação de certidão negativa de débitos por hospitais para o recebimento de recursos do SUS por meio de convênio com o Estado. A medida consta no PL 103/2025, de autoria do Poder Executivo, que segue para sanção do governador. Conforme o texto aprovado em plenário, o prazo, que terminou em dezembro passado, será ampliado para 31 de dezembro de 2026, ao contrário do que queria o governo, que estabeleceu a data de 31 de dezembro deste ano. “Após a pandemia da Covid-19, muitos hospitais, em especial os de pequeno e médio porte, têm tido dificuldades financeiras para manter seus compromissos em dia e não conseguem emitir as certidões”, explicou o deputado José Milton Scheffer (Progressistas).