Tarcísio usa PM em programa da “Globo” para defender projeto de segurança

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou um vídeo nas redes sociais nesta 4ª feira (19.mar.2025) no qual usa a participação da porta-voz da Polícia Militar no programa “Encontro com Patrícia Poeta”, da TV Globo, para defender mudanças na legislação das audiências de custódia.

Em entrevista à apresentadora pela manhã, a capitã Jaqueline mostrou a extensa ficha de um criminoso do bairro do Ipiranga, zona Sul de São Paulo, preso e solto 16 vezes. Mostrando imagens do programa, o governador disse em seu post: “Não adianta prender e o criminoso voltar para as ruas. É por isso que precisamos combater a habitualidade e reincidência. Para isso, já apresentamos uma proposição no Legislativo ano passado e vamos insistir para que isso seja votado“.

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Tarcísio defende mudanças nas audiências de custódia desde a campanha eleitoral de 2022. Essa legislação garante ao preso preventivo uma audiência com um juiz no prazo de 24 horas, a fim de que a legalidade da prisão seja avaliada. O governador defende que reincidentes não podem ter direito a elas.

As nossas polícias prendem. E vão prender quantas vezes forem necessárias. Mas não deveria ser assim. Neste caso, o bandido foi preso DEZESSEIS vezes e está mais uma vez nas ruas. Sabe o que é pior? Existem inúmeros outros casos iguais a este. por isso, é preciso combater a… pic.twitter.com/5H1gMNDRTn

— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) March 19, 2025

Em 27 de março de 2024, os governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Consud) apresentaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), propostas legislativas para combater a criminalidade no Brasil.

Entre as medidas propostas, destacava-se a alteração nas audiências de custódia para incluir a análise da “habitualidade criminosa” do detido.

Os governadores também sugeriram a criação de um sistema de compartilhamento de dados entre as polícias estaduais e federais e a classificação de homicídios encomendados por organizações criminosas como homicídio qualificado.