DÉBIL? NÃO, PETISTA: Suplicy quer espaço público para uso de crack

Imagine um espaço em que qualquer pessoa possa usar substâncias como álcool, maconha e até crack livremente. Esse lugar seria capaz de fomentar a “inclusão social” e “vínculos familiares”? Segundo um projeto de lei protocolado por Eduardo Suplicy (PT) em São Paulo, a resposta é: sim. 

O projeto de lei (PL) n° 176/2025 foi enviado à Assembleia Legislativa do estado e recebeu reações imediatas, com críticas duras ao deputado estadual petista. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por exemplo, deu a entender que o político “não tá batendo bem da cabeça”.

“Essas pessoas precisam entender que a gente precisa trabalhar para que as pessoas não usem drogas, e não fazer essa apologia, esse apoio ao uso de drogas”, cravou Nunes. No texto de seu PL, Suplicy defende o uso supervisionado de drogas, afirmando que países como Alemanha, Canadá e Espanha criaram salas do tipo e tiveram sucesso.

Em São Paulo, o chamado “Espaço de Uso Seguro de Substâncias Psicoativas” teria atendimento clínico, psicossocial, jurídico e socioassistencial. Além disso, ofereceria “atividades culturais e esportivas de caráter lúdico”, lavanderia e acesso à internet. 

O texto prevê, para a criação do aparelho público, um gasto de R$ 1,2 milhão ao longo de 12 meses. Sobre o fornecimento das drogas, como o crack, o projeto do petista afirma que elas devem ser “adquiridas fora do local sob a responsabilidade das pessoas que as utilizam”.

Fora isso, em nenhum momento o PL comenta sobre legalização ou descriminalização das drogas, o que geraria um imbróglio para quem decide utilizar o espaço. Sua justificativa afirma que “tratamentos que somente se baseiam na abstinência nem sempre se mostram efetivos, muito menos o emprego de repressão policial e persecução penal contra os usuários.”

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