Frente do agro espera recorde de invasões do MST em abril

O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), afirmou nesta 3ª feira (11.mar.2025) que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deve realizar um “Abril Vermelho recorde” em 2025. A fala se deu durante reunião da FPA, em Brasília.

O “Abril Vermelho” é uma mobilização anual organizada pelo movimento em referência ao massacre de Eldorado do Carajás, que se deu em 17 de abril de 1996. Durante o mês, o MST intensifica as ações de ocupação de terras e protestos em todo o Brasil. Em 2024, foram 31 ocupações.

Lupion criticou a aproximação do governo federal com o MST e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria priorizar o diálogo com entidades representativas do agronegócio. “Em vez de sentar com produtores rurais, sentam com os invasores das propriedades desses produtores”, afirmou.

Ele também minimizou a produção agropecuária em assentamentos ligados ao movimento. “A tal grande produção agropecuária do MST seria suficiente para alimentar a população. E cadê? Não está reduzindo os preços e não está chegando aos mercados”, declarou.

PLANO SAFRA E ESPAÇO FISCAL

Lupion destacou preocupações com o Plano Safra 2025/2026 e a necessidade de mais recursos para equalização de juros. Segundo ele, o setor pode enfrentar dificuldades caso o governo não garanta um orçamento adequado para apoiar produtores.

“Nós estamos muito preocupados com o espaço fiscal para a equalização de juros nesse próximo Plano Safra 25/26 para equalizar 15% de taxa Selic, que é o que deve estar ali para meados do ano […] Precisa de espaço fiscal para isso. Nós não enxergamos esse espaço fiscal hoje, precisamos buscar soluções”, declarou.

O deputado disse que há conversas entre a Frente e o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento e a Casa Civil para encontrar os encaminhamentos necessários para o Plano Safra.

“Precisamos do apoio do Executivo. O Legislativo não pode resolver isso sozinho”, concluiu.

Na semana passada, o deputado minimizou o papel do Ministério da Agricultura. Segundo ele, a principal interlocução do setor com o governo federal tem ocorrido por meio da Fazenda e da Casa Civil, deixando Carlos Fávaro (PSD-MT) “em 2º plano”.

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