Nova técnica da seleção quer recolocar Brasil no mapa do basquete

A seleção feminina de basquete do Brasil ficou longe dos seus anos de glória nos últimos anos. Apesar de conseguir alguns títulos continentais, a equipe não conseguiu se classificar para as duas edições mais recentes dos Jogos Olímpicos e do Mundial. Mas a situação tem tudo para mudar, com a chegada da técnica estadunidense Pokey Chatman, que promete trabalhar passo a passo para recolocar o Brasil no mapa do basquete feminino internacional.

Pokey Chatman tem 55 anos e jogou no time da Universidade Estadual da Louisiana (LSU) na liga universitária dos Estados Unidos. Após formada, ela continuou na equipe, onde foi escalando posições até chegar ao cargo de head coach. Ela também já treinou o Chicago Sky e o Indiana Fever na WNBA e atualmente é técnica-assistente do Seattle Storm. E no final do ano passado, ela aceitou a proposta da CBB para assumir a seleção brasileira de basquete feminino.

Aos poucos, a nova treinadora quer recolocar o Brasil nas grandes competições. “Eu entendo que o Brasil merece voltar ao cenário internacional. Sei que competir em alto nível tem uma energia diferente. Eu lembro de assistir o Brasil dominar o mundo, mas faz bastante tempo. Eu já tive o privilégio de treinar algumas grandes jogadoras brasileiras e creio que estamos no momento certo para reconduzir o Brasil às principais competições”, disse Chatman em uma entrevista coletiva em São Paulo.

O objetivo final da treinadora é levar o Brasil de volta aos Jogos Olímpicos. Mas antes, Pokey Chatman terá tarefas importantes com a seleção brasileira. A primeira delas é a Americup Feminina que pode classificar a equipe ao Campeonato Mundial pela primeira vez desde 2014.

De olho na LBF

Pokey Chatman veio ao Brasil no começo desse mês para assistir as primeiras partidas da Liga de Basquete Feminino (LBF). A treinadora já tinha assistido alguns jogos de longe, mas pediu para ver algumas partidas no ginásio para poder observar algumas jogadoras. A LBF atendeu o pedido da treinadora e fez ajustes no calendário de jogos para que Chatman pudesse ver o maior número de jogos nessa sua primeira visita ao Brasil desde que assumiu a seleção.

Pokey Chatman, técnica da seleção feminina de basquete, assiste jogo da LBF
Pokey Chatman assiste jogo entre Sesi Araraquara e Unimed Campinas (Foto: Divulgação/LBF)

“Eu já tinha visto algumas partidas da LBF por vídeo. Foi perto do que eu esperava. Sempre tem bastante energia dentro de quadra. Você consegue observar as jogadoras que são líderes das suas equipes e outras que ainda estão em desenvolvimento. É meio clichê falar isso, mas senti muita energia em quadra nesses jogos e isso é algo importante, principalmente no basquete FIBA”, comentou a treinadora.

Estilo de jogo

Com anos de experiência no NCAA e na WNBA, Pokey Chatman pretende trazer alguns aspectos do basquete norte-americano na seleção brasileira. Mas um dos focos da treinadora será na parte defensiva. “Eu acho que é uma combinação dos dois. Não vou tentar reinventar o basquete. Mas eu acho que o jogo evoluiu e tem aspectos que podemos melhorar. E às vezes não falamos tanto disso, mas nem sempre a gente vai conseguir atacar mais que o outro time. Não é só assim que você chega no topo. Você precisa ter uma boa defesa também”, afirmou.

Chatman também deve priorizar jogadoras mais novas, fazendo um trabalho para tentar integrar jogadoras da seleção sub-19 no time adulto. Algumas dessas jovens atletas já estão na pré-lista de convocadas para os amistosos que o Brasil fará em maio contra equipes da WNBA. Além disso, a seleção adulta fará sua preparação para a Americup junto com a seleção sub-19 que na mesma época estará fazendo os ajustes finais para o Mundial da categoria.

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