Imigrantes irregulares pagaram US$ 25,7 bilhões à Previdência dos EUA

Os imigrantes considerados em situação irregular contribuíram com US$ 25,7 bilhões para a Previdência Social dos Estados Unidos em 2022, segundo um levantamento do Institute on Taxation and Economic Policy.

A pesquisa, divulgada pelo jornal americano The New York Times, destaca o papel econômico desse grupo em um momento em que o governo de Donald Trump (Partido Republicano) intensifica prisões e deportações em massa.

Mesmo contribuindo significativamente, esses trabalhadores não podem acessar os benefícios previdenciários, como uma aposentadoria, sem regularizar sua situação no país. Atualmente, o sistema beneficia 68 milhões de americanos. Em 2022, os pagamentos totalizaram US$ 1,5 trilhão em 2024.

Economistas alertaram que as deportações em massa podem reduzir em US$ 20 bilhões o fluxo de caixa anual da Previdência Social. O fundo de aposentadoria, que deve se esgotar em 2033, depende da imigração para compensar a baixa taxa de natalidade e o envelhecimento populacional.

Para cada 100 mil imigrantes que entram anualmente nos EUA, o déficit de financiamento previdenciário melhora em 0,09% a folha de pagamento tributável. Ao todo, em 2022, trabalhadores sem documentos contribuíram com US$ 96,7 bilhões em impostos federais, estaduais e locais.

As novas medidas anti-imigração do governo dos EUA incluem a autorização de prisões em “áreas sensíveis”, como igrejas e escolas, além da declaração de emergência nacional na fronteira com o México. O Programa de Admissão de Refugiados foi suspenso por 90 dias a partir de 27 de fevereiro.

As ações são parte da promessa de campanha de Trump de realizar a maior operação de deportação da história dos EUA.

A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, aprovou recentemente uma lei que determina a detenção de imigrantes envolvidos em crimes como roubo e estelionato pelo DHS (Departamento de Segurança Interna).


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