Dólar


No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,24%, cotada a R$ 5,8518. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira teve uma alta de 2,82%, aos 126.913 pontos. Notas de dólar.
Dado Ruvic/ Reuters
O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (31) com investidores acompanhando a divulgação de dados de emprego no Brasil e repercutindo as últimas notícias do cenário econômico desta semana.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
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No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,24%, cotada a R$ 5,8518.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,12% na semana;
recuo de 5,31% no mês e no ano.

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Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 2,82%, aos 126.913 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 3,65% na semana;
ganho de 5,51% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
As novas falas do presidente Lula continuam repercutindo. Durante entrevista a jornalistas, o petista fez comentários sobre as contas públicas, os preços do diesel, a liderança de Galípolo no BC, Trump e as tarifas dos Estados Unidos e, por fim, saiu em defesa de Haddad, após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, chamá-lo de “fraco”.
Lula afirmou que tem “muita responsabilidade” em relação ao cenário fiscal e que deseja o menor déficit possível, mas negoi que planeja desenvolver uma nova medida fiscal — afirmação que vai na direção oposta às sinalizações da equipe econômica.
Além disso, o petista disse que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, “fez o que ele entendeu que deveria fazer” em relação aos juros do país e negou que tenha “autorizado” um aumento do preço do diesel. Sobre Trump, Lula afirmou que, se os americanos decidirem taxar o Brasil “haverá reciprocidade”.
Do lado dos juros, as decisões do Copom e do Fed seguiam na mira dos mercados. Nos EUA, o comunicado divulgado após a reunião, que acabou com a manutenção das taxas de juros americanas entre 4,25% e 4,50% ao ano, veio mais duro do que o mercado esperava.
Segundo o colegiado, a taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, enquanto as condições do mercado de trabalho “permanecem sólidas”. Já a inflação “continua um tanto elevada”, acrescentou o Fed, que retirou o trecho que destacava o progresso em direção à meta de 2% ao ano.
Segundo analistas da XP Investimentos, “isso reforça a postura cautelosa da autoridade monetária recentemente”. Além disso, em coletiva de imprensa realizada após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “não há pressa para reduzir os juros novamente”.
O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA encerrou 2024 com uma alta acumulada de 2,9% e há temores que o mercado de trabalho ainda muito aquecido, com a taxa de desemprego estabilizada num patamar baixo, possa continuar estimulando muito a atividade econômica e gerar mais inflação.
Também, a leitura do mercado é que o BC dos Estados Unidos deve continuar atento aos movimentos políticos do novo presidente do país, Donald Trump — ainda que o comitê evite mencionar o tema nos comunicados divulgados ao público,
A chegada do republicano ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente decida cumprir suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços.
Já no Brasil, a reunião do Copom terminou como o mercado esperava: com o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que chegou ao patamar de 13,25% ao ano.
Como a inflação está crescendo no país, o Copom prevê na próxima reunião uma nova alta na Selic.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, escreveu o Copom.
O Copom, porém, não trouxe mais pistas sobre o que pensa para as reuniões de maio em diante.
“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.
“Essa flexibilidade permitirá ao comitê reduzir o ritmo de elevação de juros caso a economia desacelere nos próximos meses (como prevemos)”, destacam analistas da XP.

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