2024 registra recorde de mortes na aviação brasileira na última década

O ano de 2024 registrou o maior número de mortes na aviação brasileira na última década. Foram contabilizados 175 acidentes aéreos, com 153 vítimas. O total superou o recorde anterior de 104 mortes, em 2016.

Os dados são do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), operado pelo Cenipa Centro de Investigação e (Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aérea Brasileira).

São Paulo liderou o número de acidentes aéreos em 2024, com 287 registros.

Além disso, 20 acidentes envolveram helicópteros, dos quais 7 foram fatais, com 15 mortes. Um deles se deu em 11 de outubro, quando uma equipe de resgate morreu em Ouro Preto (MG), tentando recuperar o corpo de um piloto de avião.

VOEPASS E GRAMADO

O ano passado se destacou não só pelo número elevado de acidentes, mas também pela quantidade significativa de fatalidades.

Em 9 de agosto, em Vinhedo (SP), um avião comercial da Voepass caiu em uma área residencial e matou 62 pessoas. Este foi o acidente mais letal no país desde 2007.

O Cenipa, em seu relatório preliminar sobre o acidente de Vinhedo, indicou a formação de gelo como possível causa. O copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva reportou “bastante gelo” momentos antes da queda.

Este tipo de problema já foi identificado em 457 ocasiões na última década, sendo uma das principais causas de acidentes aéreos no Brasil.

No fim do ano, em 22 de dezembro, a queda de um turboélice em Gramado, na Serra Gaúcha, matou 10 pessoas. A aeronave havia partido de Canela (RS) sob chuva, com destino a Jundiaí (SP).

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